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LUSTRE

Aos Lustres
de Eduardo Guimaraens

Suspensos nos salões dos tetos decorados,
Que de arabescos orna o gesso alvinitente,
Ó lustres de cristal, enganadoramente
Ao mesmo tempo sois sonoros e calados.

Pesados, emprestais, no entanto, à pompa ambiente,
Onde há ricos painéis entre florões doirados,
A mais aérea graça, e os olhos deslumbrados
Sentem que os cega o vosso encanto reluzente.

Que o silêncio em redor guarde a fragilidade
Translúcida que sois, e ouçam-se quase a medo
Os rumores quaisquer que em torno a vós se formem!

Toquem-vos docemente a sombra e a claridade…
Nem se turbe, jamais, ó lustres, o segredo
Das vibrações que em vós, musicalmente dormem!

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Exif

Cámara FinePix S4000
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Diafragma 3.6
Tiempo de exposición 1/40
Distancia focal 5.8 mm
ISO 64